sábado, 20 de agosto de 2011

Tua voz

Eu vim aqui pra te encontrar
Pra te ouvir, pra me render
Mais uma vez
Não temerei, não vou fugir
Vou aceitar o teu querer
Eis-me aqui
Tua voz aquece o meu coração
Devolve à vida a razão
E me faz cantar
Me refaz, de novo e mais uma vez
Moldando o meu coração ao teu
Eu abro mão de decidir
O que é melhor
Vem governar meu coração
És o meu Deus, o meu Senhor
Dono de mim e mais ninguém
Me ama assim...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Esta noite eu...

Minha vida vai passando
Páginas em branco que escrevi hoje me fazem chorar
Lembranças tristes silenciam a voz aguda em meu peito
Que sem forças não pode gritar
Em meu calendário chego cada vez mais rápido ao fim desta trilha
Ás vezes tenho pressa, ás vezes medo
Hesito ao ver o desfecho se aproximando
Sobreviverei?! Não estou bem certa...
Estou voltando pra casa, e não me lembro mais o caminho
Sigo rastros de meus próprios passos
Que vacilaram ao tentar esconder-me da própria consciência sensata
Dois rios se encontram e o resultado sinto por dentro
Águas profundas e silenciosas movimentam meu anseio
Por deixar que esse rio siga enfim o seu percurso
E a branda aurora de um novo dia venha trazer-me sossego
Para os meus sonhos que hoje conturbam minhas longas noites quentes
E somente lágrimas expremidas molham meu rosto
Refrescando o calor que sufoca a alma
Noite vazia me vem assustando
Demora a me embalar o sono
Pois a melodia soprada pela brisa em meus ouvidos
Canta histórias já de mim perdidas
De minha saudade, da flor que colhi antes do seu tempo
E não permiti desabrochar em minhas mãos
Dentro do meu castelo de areia me sinto desprotegida
As torres que construi não servem mais
Elas cairão e me submergirão em meu leito triste e sombrio
Junto com meu descompensado sofrimento
E eu não quero me conformar
Mas as luzes já se apagam e nesse espetáculo a minha voz não ecoa
A inefável Graça Divina entra em cena
Destruindo a minha força
Me reduzindo aos vermes, em minha própria insignificância
Aí o fim...
Espero pelo doce toque do Sol
Iluminado astro. Claridade. Verdade.
Pois não posso mais suportar a noite escura
Na companhia da Lua, dissimulada, Amante das Sombras
Que observa meu desalento com cínismo
E eu choro...
Choro.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O mesmo erro

Enquanto me reviro em meus lençóis
E mais uma vez não consigo dormir
Saio porta fora e subo a rua
Olhar as estrelas sob os meus pés
Recordar os justos que eu tratei injustamente
Então aqui vou eu...
Não há nenhum lugar aonde não possa ir

Minha mente está turva mas
Meu coração é pesado, dá pra ver?
Eu perco a trilha que me perde
Então aqui vou eu...
E assim eu mandei alguns homens à luta,
E um voltando morto a noite medisse
"você viu meu inimigo? ele se parecia comigo"
Assim eu parti para me cortar
E aqui vou eu...
Não estou pedindo uma segunda chance,
Eu estou gritando no topo da minha voz
Me dê razão, mas não me dê escolha,
Porque eu cometerei o mesmo erro outra vez,
Tallvez um dia nós nos encontremos
e iremos conversar e não apenas falar
Não acredite nas promessas
Porque eu não as cumpro
Minha reflexão me incomoda
E aqui vou eu...
Enquanto me reviro em meus lençóis
E mais uma vez não consigo dormir
Saio porta fora e subo a rua
Olho as estrelas, caindo
Eu desejo saber,
Onde foi que eu errei !