sábado, 6 de dezembro de 2008

Meu Glorioso Mal


A ausência tua é uma presença estranha
A ausência tua à solidão me alinha
O silêncio parece-me que é ainda
A tua voz que, em sono, me acompanha

A ausência tua torna-se tamanha
Que se me faz uma presença infinda
Pois na tristeza que meus nervos ganha
sinto, de instante a instante, a tua vinda

De ti o meu ser está cheio
Que me amo, que me afago, que me enleio
Numa indizível ilusão sensória

E abro à saudade braços de ânsia
Desafiando os poderes da distância
Com teus beijos mordendo-me a memória

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